sexta-feira, 18 de abril de 2014

Câncer de pele e protetor solar

Sol é bom, mas só com protetor solar.
Segundo dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de pele não melanoma é o câncer mais comum no Brasil , em ambos os sexos, e sua incidência continua a aumentar. O fator de risco mais importante para seu desenvolvimento é a exposição à radiação solar (ultravioleta) em conjunto com o tipo de pele do paciente.  A exposição aos raios UV também pode ocorrer por meio de câmaras de bronzeamento artificial ou em terapias de luzes.

O efeito nocivo do sol sobre a pele é cumulativo. A cada exposição inadequada, aumentam os riscos de desenvolver uma lesão cancerígena. Para proteger a pele, roupas, chapéus,
bonés e sombrinhas ajudam.  Mas o protetor solar é indispensável – mesmo que não anule todos os efeitos nocivos do sol sobre a pele, que não estão restritos ao câncer. Envelhecimento precoce da pele – com ressecamento, formação de rugas, perda de elasticidade, manchas (melasmas e sardas) – tudo isso pode ser provocado pela exposição inadequada ao sol.

E qual o melhor tipo de protetor solar? Depende do tipo de pele.

Para pele seca, o ideal é o protetor em creme. Para a pele com média oleosidade e sem problemas de espinhas, a loção é uma boa pedida. E o gel é uma escolha para quem tem pele oleosa – no entanto, muitos pacientes acham o gel desconfortável, pois ele dá a sensação de uma fina máscara, uma película sobre a pele. E o conforto é fundamental para o uso do protetor solar. Existe tanto gel quanto loção com efeito seco, chamado "matte" ou matificante, que não deixa a pele brilhante, com aparência de oleosidade. Há, ainda, produtos em spray, que são fáceis de aplicar quando se está na praia ou na piscina. Esses podem ter base de água ou álcool, sendo que os que têm base alcóolica podem provocar irritação em peles sensíveis.

Algumas regras são fundamentais. Primeira: o efeito do protetor dura poucas horas. Isso significa que ele deve ser reaplicado de tempos em tempos. Faça isso a cada três horas – se entrar na água, reaplique mesmo que não tenha passado três horas.

Segunda: há protetores com efeito físico e protetores com efeito químico. Os últimos são os mais comuns – e eles precisam de um tempinho para começar a agir. Então, aplique todos os dias pela manhã, após lavar o rosto. Não espere estar sob o sol para espalhar o protetor por sua pele.

Terceiro: o protetor tem que ser passado não apenas no verão ou quando se vai tomar banho de sol. Protetor solar deve ser um cuidado diário, contínuo. Mesmo que o dia não esteja ensolarado, mesmo que você vá ficar dentro de casa ou no escritório (luz artificial também tem efeito nocivo sobre a pele).

Quarto: é fundamental que você se sinta confortável com o protetor. Se ele faz seus olhos arderem, mude de tipo ou de marca. Se te dá a sensação de pele ‘preguenta’, idem. Se te deixa com aparência de pele engordurada, também. Você pode também experimentar protetor com tonalizante.

O Fator de Proteção Solar (FPS) deve ser de, no mínimo, 30 para pessoas com pele branca. Há casos específicos em que recomendamos filtros mais potentes. E não se esqueça de aplica-lo nas orelhas, pálpebras, pés, nuca, couro cabeludo (pessoas carecas).  Passe protetor labial nos lábios e na mucosa nasal (pontinha interna do nariz). E visite seu - ou sua - dermatologista regularmente.

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