domingo, 2 de fevereiro de 2014

O melasma e seus tratamentos

Melasma é uma alteração que ocorre exclusivamente na pele exposta ao sol com aumento da pigmentação.
Ocorre em ambos os sexos, sendo mais comum no sexo feminino e após os 25 anos
(10% dos pacientes são do sexo masculino). Apesar de ocorrer em todas as raças, parece ser mais comum entre os latinos e asiáticos. Estas manchas acastanhadas pioram durante e após períodos de exposição ao sol que no nosso país ocorre praticamente o ano inteiro.


Apresenta três padrões faciais geralmente simétricos. O mais comum é um padrão centrofacial envolvendo as bochechas, testa, lábio superior, nariz e queixo. O Melasma pode surgir durante a gestação, uso de contraceptivos orais, disfunções endócrinas, fatores genéticos, medicamentos, carência nutricional, disfunção hepática, e outros fatores. A maioria dos casos parecem estar relacionados aos contraceptivos orais ou gravidez. A raridade do melasma em mulheres na menopausa em reposição estrogênica sugere que o estrogênio sozinho não é a causa. Em uma pesquisa recente  em mulheres na menopausa a combinação de estrogênio e progesterona, fez aparecer o melasma em quem não o apresentou durante a gravidez . A exposição ao sol parece ser um fator de estímulo em indivíduos predispostos. Embora ocorra dentro de algumas famílias, não deve ser considerada um distúrbio hereditário.

O tratamento bem sucedido (não definitivo)  do melasma decorre da disposição das pacientes a uma disciplinada rotina de cuidados com a pele. O uso de retinóides associados a clareadores e fotoproteção é, na minha experiência, seguro e  duradouro; todos os anos temos lançamentos de produtos clareadores, laser, luz intensa pulsada, peelings e ” formulas milagrosas” que ajudam no clareamento mas ainda nenhum deles pode ser considerado definitivamente o melhor porque os resultados não são mantidos.  Após uma temporada de férias… lá estão elas novamente.


Tratamentos associando várias técnicas são bem sucedidos. Montar um programa de clareamento individualizado para cada paciente que evolua do uso de medicamentos tópicos como acido retinóico, hidroquinona, ácido azelaico seguidos por peelings químicos usando tretinoina, acido glicólico, acido láctico e sessões de laser de CO2 fracionado ( peles mais claras ) ou luz intensa pulsada (peles morenas ou negras) tem dado bons resultados. Em melasmas mais superficiais o resultado é melhor e mais duradouro. Faço uso da lâmpada de Wood (uma luz especial que mostra os vários tons de mancha) para acompanhar o clareamento. Quando as manchas somem retiro o clareador e mantenho o retinoide, filtro solar,  antioxidantes e outros clareadores mais suaves como acido kojico, acido tranexamico, mandelico, fítico, glicólico e outros.

Manter o uso de filtro solar com bloqueadores e a pele resfriada é fundamental para reduzir o escurecimento durante as exposições ao sol.

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