sexta-feira, 29 de janeiro de 2016


31 de janeiro: Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase

A coordenadora do Departamento de Hanseníase da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Marilda Aparecida Milanez Morgado de Abreu, fala sobre o “Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase”, salientando a importância do diagnóstico precoce e do tratamento como forma de interromper a transmissão e reduzir a carga da doença

 Causada pelo Mycobacterium leprae, a hanseníase é uma das mais antigas moléstias. Acomete ainda cerca de 200 mil pessoas no mundo. O maior número de casos ocorre na Ásia, África e América do Sul, sendo o Brasil o segundo país com maior número absoluto de casos. Além das desabilidades decorrentes dos efeitos da doença, o preconceito é um dos principais problemas vivenciados pelos doentes. Ao longo da história, muitos foram estigmatizados, perdurando ainda essa situação em grande parte do mundo.
A hanseníase causa diferentes tipos de lesões na pele, cuja característica mais importante é a diminuição da sensibilidade, devido ao fato de afetar nervos. “Uma mancha dormente, mais clara que a pele ou avermelhada, pode ser hanseníase”.
O diagnóstico precoce e o tratamento regular com a poliquimioterapia (PQT) ainda são as principais estratégias para quebrar a cadeia de transmissão e reduzir a carga da doença na comunidade. Os medicamentos e a assistência médica são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Se o tratamento for tardio, podem ocorrer sequelas e incapacidades físicas.
Dia Mundial da Hanseníase
Uma das iniciativas mais bem-sucedidas na batalha contra a hanseníase foi a instituição do “Dia Mundial da Hanseníase”, idealizado pelo francês Raoul Follereau e criado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Esse dia foi celebrado, pela primeira vez, em 31 de janeiro de 1954, no terceiro domingo depois da Epifania, coincidindo com o último domingo de janeiro. Trata-se de um dia especialmente dedicado à reflexão sobre a hanseníase e seus doentes.
No Brasil, essa data já é celebrada pela Igreja Católica e por movimentos sociais desde a década 1970. Contudo, somente em dezembro de 2009, foi instituído oficialmente o “DIA NACIONAL DE COMBATE E PREVENÇÃO DA HANSENÍASE”, no último domingo de janeiro, por meio da lei federal nº 12.135. Sua celebração é um meio de proporcionar visibilidade nacional para a hanseníase e seus doentes.
Estamos chegando em mais um “Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase”. No próximo domingo31 de janeiro, vamos aproveitar para garantir um espaço cada vez maior para a hanseníase no cenário nacional. Juntamente com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), divulgue os sinais e sintomas da doença e derrube o preconceito. Muita gente pode ter e não saber.

Marilda Aparecida Milanez Morgado de Abreu
Coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD
Fonte: http://www.sbd.org.br/

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