quarta-feira, 8 de junho de 2016

Tipos de tratamento para olheiras


Para diminuir aquela aparência de cansaço que as olheiras provocam, há vários tipos de tratamento.
Faço peeling com ácido tioglicólico para a cor arroxeada, tratamento clínico diário com clareadora especial, preenchimento com ácido hialurônico e laser CO2 fracionado. Claro, tudo depende de avaliação clínica e o tratamento indicado muda de acordo com o perfil do paciente. O resultado é que não muda: muito bom!

terça-feira, 17 de maio de 2016

Herpes Zóster


O que é Herpes Zóster?
Herpes zoster é uma infecção viral que provoca vesículas na pele e geralmente é acompanhada de dor intensa. Ela pode acometer qualquer parte do seu corpo, mas é mais frequente no tronco e no rosto, evidenciando-se como uma faixa de vesículas em apenas um dos lados do corpo.
É causado pelo vírus varicela-zoster – o mesmo agente da catapora – e acomete pessoas que tiveram catapora em algum momento da vida e ficaram com vírus latente (adormecido) em gânglios do corpo. Anos mais tarde, esse vírus pode reativar na forma de herpes zóster.
Embora não seja uma condição de risco de vida, o herpes zóster pode ser muito doloroso. Vacinas podem diminuir as chances de se ter a doença, enquanto o tratamento precoce reduz a chance de complicações.
Causas
Como já citado, qualquer pessoa que teve catapora em algum momento da vida pode desenvolver herpes zóster. Depois de se recuperar da catapora, o vírus fica alojado em gânglios próximos ao sistema nervoso e permanece latente por anos. Eventualmente pode reativar e “viajar” ao longo das vias nervosas para a pele – produzindo as erupções.
A razão para o herpes zóster ocorrer não é clara. Pode ser que ele aconteça devido à baixa imunidade uma vez que ele é mais comum em idosos e pessoas com sistemas imunológicos debilitados.
O vírus que causa a varicela e o herpes zoster não é o mesmo vírus responsável pelo herpes labial ou genital. São vírus de famílias diferentes, tendo em comum apenas o nome herpes.
É contagiosa?
Ainda que raro, uma pessoa com herpes zoster pode transmitir o vírus varicela-zoster para quem não está imune à catapora. Isso ocorre por meio do contato direto com as lesões da pele. Uma vez infectada, a pessoa poderá desenvolver catapora, correndo o risco de desenvolver herpes-zoster no futuro.
A varicela pode ser grave para alguns grupos de pessoas. Até a regressão das lesões da pele deve-se evitar o contato físico com:
  • Qualquer um que tenha um sistema imunológico debilitado
  • Recém-nascidos (principalmente prematuros)
  • Grávidas.

Fatores de risco

Quem já teve varicela pode desenvolver herpes zoster. Os fatores que podem aumentar o risco do herpes zoster aparecer incluem:
  • Idade, quanto maior a idade maior é o risco
  • Doenças que debilitam o sistema imunológico, tais como HIV/AIDS e câncer
  • Tratamentos para câncer
  • Medicamentos contínuos que reduzem a imunidade.

Sintomas de Herpes Zóster

O herpes zoster pode aparecer em qualquer parte do corpo, mas geralmente acomete apenas um lado do corpo - esquerdo ou direito. É comum a erupção começar no meio das costas em direção ao peito, mas também pode aparecer no rosto em torno de um olho. É possível ter mais de uma área de erupção no corpo.
O herpes zoster se desenvolve em fases:

Período de incubação (antes das erupções)

  • Dor
  • Ardor e sensação de cócegas e/ou formigamento na área em torno dos nervos afetados
  • Calafrios
  • Distúrbio gastrointestinal.
Esses sinais podem aparecer alguns dias antes de uma erupção acontecer. O desconforto geralmente ocorre no peito ou nas costas, mas pode afetar barriga, cabeça, face, pescoço, braço ou perna. Os calafrios e dor de estômago, com ou sem diarreia, aparecem poucos dias antes das erupções e podem persistir durante o período das lesões da pele.

Fase ativa

Nessa fase a erupção aparece. O fluído dentro das vesículas é claro no início, mas pode tornar-se turvo após três ou quatro dias. Algumas pessoas podem ter uma erupção mais suave, quase imperceptível. As erupções:
  • Podem ocorrer na testa, bochecha, nariz ou em torno de um dos olhos (chamado também de herpes zoster oftálmico)
  • Pode ser acompanhada de dor, descrita como "agulhas penetrantes na pele"
  • As vesículas vão regredir gerando uma crosta que persiste por cinco dias em média.
A erupção cura em cerca de duas a quatro semanas, embora algumas cicatrizes possam permanecer.

Fase crônica (Neuralgia pós-herpética)

Neuralgia pós-herpética é a complicação mais comum do herpes zoster (10 a 15% das pessoas que tiveram herpes zoster vão desenvolver a neurite pós-herpética). Tem a duração de pelo menos 30 dias e pode continuar por meses ou anos. Os sintomas são os seguintes:
  • Queimação e pontadas na área onde ocorreram as erupções
  • Dor persistente no local, que pode durar anos
  • Extrema sensibilidade ao toque.
A dor afeta mais comumente a testa ou o peito, afetando as atividades diárias, como comer, dormir e trabalhar. Também pode levar à depressão.
O herpes zóster pode ser confundido com outras doenças que causam sintomas semelhantes. A dor da neurite pós-herpética pode ser confundida com uma apendicite, um ataque cardíaco, úlceras, ou enxaqueca, dependendo da sua localização.
Diagnóstico de Herpes Zóster
Herpes zoster geralmente é diagnosticado com base nas informações coletadas pelo médico e análise das lesões (diagnóstico clínico). Ainda que incomum, o médico também pode fazer uma raspagem das lesões para uma análise laboratorial.

Tratamento de Herpes Zóster

Não há cura para o herpes zoster, mas o tratamento pode reduzir a duração da doença e prevenir complicações.
Tão logo o diagnóstico seja feito, o médico poderá iniciar o tratamento com medicamentos antivirais. Se o tratamento for iniciado imediatamente após o início dos sintomas (lesões), você tem uma chance menor de sofrer complicações.
Os tratamentos mais comuns incluem:
  • Medicamentos antivirais, para reduzir a dor e a duração das lesões
  • Medicamentos para a dor, para ajudar a reduzir a dor durante a duração da doença
  • Prevenção das infecções secundárias das lesões da pele
  • Banhos frios ou frescos e fazer compressas úmidas na região das lesões podem ajudar a aliviar a coceira e dor.
Se a dor persistir por mais de um mês após o desaparecimento das lesões, o médico pode diagnosticar a neuralgia pós-herpética, a complicação mais comum do herpes zoster. Nesse caso alguns tratamentos específicos, dependendo da gravidade do caso, podem ser prescritos pelo médico, com a finalidade de minimizar os sintomas.

Complicações possíveis

As complicações podem incluir:
  • Neuralgia pósherpética
  • Problemas neurológicos, dependendo de quais nervos são afetados
  • Infecções de pele
  • Raramente há uma disseminação do herpes zoster, mas pode ocorrer
  • Herpes zoster oftálmico: erupção na testa, bochecha, nariz e ao redor de um dos olhos, que pode ameaçar sua visão. Você deve procurar tratamento imediato de um oftalmologista para esta condição.

Prevenção

A única maneira de prevenir o herpes zoster é a vacinação. A vacina do herpes zóster está liberada para pessoas com 50 anos ou mais e é administrada em dose única, via subcutânea. A vacinação é recomendada para pessoas com mais de 60 anos de idade.
Texto e informações do site: http://www.minhavida.com.br/saude/temas/herpes-zoster.

terça-feira, 1 de março de 2016

Cuidados com as unhas


As unhas devem  ser aparadas de modo a evitar o acúmulo de sujeira e mantidas preferencialmente no formato oval. A cutícula não deve ser retirada, pois isso deixa a unha desprotegida e facilita a entrada de fungos e bactérias.
No mercado de cosméticos há inúmeros produtos destinados às unhas, como esmaltes, brilhos, bases, hidratantes, fortificantes etc. Alguns, no entanto, podem provocar alergia. Procure usar somente produtos devidamente registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Em caso de dermatite de contato ou outras complicações, interrompa o uso e procure um dermatologista.
Às adoradoras das unhas pintadas, um aviso: deixe-as sem esmalte uma semana por mês, no mínimo. O uso ininterrupto de esmalte causa ressecamento e enfraquecimento das unhas e  (deve haver um descanso entre a utilização do produto). Durante o período intervalo, deve haver a aplicação de hidratantes próprios para evitar o ressecamento.
O hábito de lixar a parte de cima da unha pode ser prejudicial, pois retira camadas de queratina e deixa as unhas mais frágeis e finas. O uso de acetona pode tornar as unhas mais frágeis e quebradiças. Se, no salão de beleza, a profissional fizer esse tipo de sugestão, recuse. Prefira os removedores de esmalte, que não contém acetonas.
Muitos problemas nas unhas, aliás, são causados por procedimentos de manicure ou higiene feitos incorretamente. Os profissionais que cuidam das unhas deveriam ser treinados por dermatologistas, para realizar seu trabalho com maior assertividade e evitar problemas futuros em seus clientes.

Texto do portal SBD
Fonte: http://www.sbd.org.br/cuidados/cuidados-com-as-unhas/

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Cuidados diários com a pele


Higiene

É importante limpar a pele duas vezes ao dia, de manhã e à noite, para evitar o acúmulo de oleosidade e resíduos de maquiagem e outros produtos, poluentes e poeira. O acúmulo de sujeira na pele leva ao entupimento dos poros, e favorece o aparecimento de cravos e espinhas, além de contribuir para o envelhecimento precoce.
É recomendável usar um sabonete adequado para o seu tipo de pele, preferencialmente, líquido. Para as peles oleosas a mistas, o ideal é optar por sabonetes à base de ingredientes adstringentes com alfa-hidroxiácidos e enxofre, ingredientes que favorecem a remoção das impurezas e a desobstrução dos poros. No caso das peles secas e normais, o ideal são os sabonetes líquidos, com pH neutro, e complementação do processo com loção ou leite (creme) de limpeza.
Os tônicos ajudam a remover os traços de óleo, sujeira e maquiagem que o sabonete pode ter deixado durante a limpeza. Se quiser, pode usá-lo para retirar a maquiagem também.
Outra dica importante é esfoliar a pele duas vezes por semana. Retirar as células mortas é importante para dar uma aparência mais viscosa à pele e estimular a renovação celular.

Hidratação

Uma boa hidratação auxilia na manutenção do viço e da beleza da pele, além de manter a integridade da camada de proteção cutânea e evitar problemas como descamação, ressecamento, envelhecimento precoce, irritações e infecções.
Assim, diariamente, é preciso usar hidratantes adequados a cada tipo de pele e específicos para o rosto e o corpo. É bom lembrar que as peles oleosas também precisam de hidratação. Nesse caso, recomenda-se usar um produto oil-free, que é à base de água e não aumentará a oleosidade da pele.
Uma boa hidratação deve ser feita por dentro e por fora. Por isso, além do uso de produtos específicos, recomenda-se a ingestão diária de, no mínimo, dois litros de água. Veja outras medidas que ajudam a manter a pele bem hidratada:

  • Evitar exposição excessiva ao sol.
  • Manter uma dieta rica em frutas e verduras, que contenha muitas fibras.
  • Evitar o uso excessivo de sabonetes, buchas, banhos muito quentes e prolongados, principalmente no inverno.
  • Evitar realizar esfoliações excessivas na pele.


Proteção Solar

A exposição à radiação ultravioleta (UV) tem efeito cumulativo e penetra profundamente na pele, sendo capaz de provocar diversas alterações, como o bronzeamento e o surgimento de pintas, sardas, manchas, rugas e outros problemas. A exposição solar em excesso também pode causar tumores benignos (não cancerosos) ou cancerosos, como o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma.
Na verdade, a maioria dos cânceres da pele está relacionada à exposição ao sol, por isso todo cuidado é pouco. Ao sair ao ar livre procure ficar na sombra, principalmente no horário entre as 10h e 16h, quando a radiação UVB é mais intensa. Use sempre protetor solar com fator de proteção solar (FPS) de 30 ou maior. Cubra as áreas expostas com roupas apropriadas, como uma camisa de manga comprida, calças e um chapéu de abas largas. Óculos escuros também complementam as estratégias de proteção.

Sobre os protetores solares (fotoprotetores)

Os fotoprotetores, também conhecidos como protetores solares ou filtros solares, são produtos capazes de prevenir os males provocados pela exposição solar, como o câncer da pele, o envelhecimento precoce e a queimadura solar.
O fotoprotetor ideal deve ter amplo espectro, ou seja, ter boa absorção dos raios UVA e UVB, não ser irritante, ter certa resistência à água, e não manchar a roupa. Eles podem ser físicos ou inorgânicos e/ou químicos ou orgânicos. Os protetores físicos, à base de dióxido de titânio e óxido de zinco, se depositam na camada mais superficial da pele, refletindo as radiações incidentes. Eles não eram bem aceitos antigamente pelo fato de deixarem a pele com uma tonalidade esbranquiçada, mas isso tem sido minimizado pela coloração de base de alguns produtos. Já os filtros químicos funcionam como uma espécie de “esponja” dos raios ultravioletas, transformando-os em calor.

Radiação UVA e UVB

Um fotoprotetor eficiente deve oferecer boa proteção contra a radiação UVA e UVB. A radiação UVA tem comprimento de onda mais longo e sua intensidade pouco varia ao longo do dia. Ela penetra profundamente na pele, e é a principal responsável pelo fotoenvelhecimento e pelo câncer da pele. Já a radiação UVB tem comprimento de onda mais curto e é mais intensa entre as 10h e 16h, sendo a principal responsável pelas queimaduras solares e pela vermelhidão na pele.
Um fotoprotetor com fator de proteção solar (FPS) 2 até 15 possui baixa proteção contra a radiação UVB; o FPS 15-30 oferece média proteção contra UVB, enquanto os protetores com FPS 30-50, oferecem alta proteção UVB e o FPS maior que 50, altíssima proteção UVB. Pessoas de pele clara, que se queimam sempre e nunca se bronzeiam, geralmente aqueles com cabelos ruivos ou loiros e olhos claros, devem usar protetores solares com FPS 15, no mínimo.
Já em relação aos raios UVA, não há consenso quanto à metodologia do fator de proteção. Ele pode ser mensurado em estrelas, de 0 a 4, onde 0 é nenhuma proteção e 4 é altíssima proteção UVA, ou em números: < 2, não há proteção UVA; 2-4 baixa proteção; 4-8 média proteção, 8-12 alta proteção e > 12 altíssima proteção UVA. Procure por esta classificação ou por valor de PPD nos rótulos dos produtos.

Como escolher um fotoprotetor?

Em primeiro lugar, devemos verificar o FPS, quanto é proteção quanto aos raios UVA, e também se o produto é resistente ou não a água. A nova legislação de filtros solares exige que tudo que o produto anunciar no rótulo, deve ter testes comprovando a eficácia. Outra mudança é que o valor do PPD que mede a proteção UVA deve ser sempre no mínimo metade do valor do Filtro solar. Isso porque se sabe que os raios UVA também contribuem para o risco de câncer de pele.
O “veículo” do produto – gel, creme, loção, spray, bastão – também tem de ser considerado, pois isso ajuda na prevenção de acne e oleosidade comuns quando se usa produtos inadequados para cada tipo de pele. Pacientes com pele com tendência a acne devem optar por veículos livres de óleo ou gel creme. Já aqueles pacientes que fazem muita atividade física e que suam bastante, devem evitar os géis, pois saem facilmente.


Como aplicar o fotoprotetor?
O produto deve ser aplicado ainda em casa, e reaplicado ao longo do dia a cada 2 horas, se houver muita transpiração ou exposição solar prolongada. É necessária aplicar uma boa quantidade do produto, equivalente a uma colher de chá rasa para o rosto e três colheres de sopa para o corpo, uniformemente, de modo a não deixar nenhuma área desprotegida. O filtro solar deve ser usado todos os dias, mesmo quando o tempo estiver frio ou nublado, pois a radiação UV atravessa as nuvens.
É importante lembrar que usar apenas filtro solar não basta. É preciso complementar as estratégias de fotoproteção com outros mecanismos, como roupas, chapéus e óculos apropriados. Também é importante consultar um dermatologista regularmente para uma avaliação cuidadosa da pele, com a indicação do produto mais adequado.
Informações e texto escritos pela SBD.
Fonte: http://www.sbd.org.br/cuidados/cuidados-diarios-com-a-pele/

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016


31 de janeiro: Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase

A coordenadora do Departamento de Hanseníase da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Marilda Aparecida Milanez Morgado de Abreu, fala sobre o “Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase”, salientando a importância do diagnóstico precoce e do tratamento como forma de interromper a transmissão e reduzir a carga da doença

 Causada pelo Mycobacterium leprae, a hanseníase é uma das mais antigas moléstias. Acomete ainda cerca de 200 mil pessoas no mundo. O maior número de casos ocorre na Ásia, África e América do Sul, sendo o Brasil o segundo país com maior número absoluto de casos. Além das desabilidades decorrentes dos efeitos da doença, o preconceito é um dos principais problemas vivenciados pelos doentes. Ao longo da história, muitos foram estigmatizados, perdurando ainda essa situação em grande parte do mundo.
A hanseníase causa diferentes tipos de lesões na pele, cuja característica mais importante é a diminuição da sensibilidade, devido ao fato de afetar nervos. “Uma mancha dormente, mais clara que a pele ou avermelhada, pode ser hanseníase”.
O diagnóstico precoce e o tratamento regular com a poliquimioterapia (PQT) ainda são as principais estratégias para quebrar a cadeia de transmissão e reduzir a carga da doença na comunidade. Os medicamentos e a assistência médica são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Se o tratamento for tardio, podem ocorrer sequelas e incapacidades físicas.
Dia Mundial da Hanseníase
Uma das iniciativas mais bem-sucedidas na batalha contra a hanseníase foi a instituição do “Dia Mundial da Hanseníase”, idealizado pelo francês Raoul Follereau e criado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Esse dia foi celebrado, pela primeira vez, em 31 de janeiro de 1954, no terceiro domingo depois da Epifania, coincidindo com o último domingo de janeiro. Trata-se de um dia especialmente dedicado à reflexão sobre a hanseníase e seus doentes.
No Brasil, essa data já é celebrada pela Igreja Católica e por movimentos sociais desde a década 1970. Contudo, somente em dezembro de 2009, foi instituído oficialmente o “DIA NACIONAL DE COMBATE E PREVENÇÃO DA HANSENÍASE”, no último domingo de janeiro, por meio da lei federal nº 12.135. Sua celebração é um meio de proporcionar visibilidade nacional para a hanseníase e seus doentes.
Estamos chegando em mais um “Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase”. No próximo domingo31 de janeiro, vamos aproveitar para garantir um espaço cada vez maior para a hanseníase no cenário nacional. Juntamente com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), divulgue os sinais e sintomas da doença e derrube o preconceito. Muita gente pode ter e não saber.

Marilda Aparecida Milanez Morgado de Abreu
Coordenadora do Departamento de Hanseníase da SBD
Fonte: http://www.sbd.org.br/

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015


Dicas sobre repelentes


O repelente é uma das formas de proteção contra o Aedes aegipty, transmissor de doenças graves, como Dengue, Zika e chikungunya. Mas é importante utilizar o produto de maneira correta. E, principalmente, cuidar para que o mosquito não se desenvolva em sua casa.

Preparamos umas dicas de proteção para você e sua família. Veja abaixo:

Repelentes indicados

Os repelentes industrializados são os mais indicados, pois possuem fórmulas mais eficientes que os caseiros. Para locais com altas temperaturas, onde o suor é excessivo, o ideal é utilizar repelentes à base de picaridina.

Indicações para gestantes e crianças

Segundo a Anvisa, todo repelente devidamente registrado pode e deve ser utilizado por mulheres grávidas, seguindo as instruções de uso descritas no rótulo. Estudos comprovam que o uso tópico de repelentes à base de N,N-Dietil-meta-toluamida  (DEET) por gestantes é seguro. Porém, o produto não deve ser utilizado em crianças menores de dois anos de idade. Em crianças entre dois e 12 anos a concentração deve ser de no máximo 10% e a aplicação ocorrer não mais que três vezes ao dia.

Indicação de uso

O repelente deve ser reaplicado a cada duas ou três horas para manter a proteção contínua. Quanto mais tempo em um ambiente com mosquitos, mais reaplicações deverão ser feitas.

Ao aplicar sobre a pele, o repelente deverá formar uma camada fina sobre a pele. É importante espalhar bem o produto sobre o local.

O repelente deve ser o último produto aplicado sobre o rosto. Filtro solar e maquiagem vêm antes. Outra dica é usar o repelente por cima das roupas e não por baixo.

Outras dicas

Os mosquitos são atraídos pelo cheiro e pela luz, por isso pessoas mais brancas tendem a sofrer mais ataques. Utilize roupas compridas e mosquiteiros e mantenha-se limpo.

O uso de repelentes elétricos pode ajudar, mas lembre-se, ele terá efeito apenas em ambientes com menos de 10 metros quadrados.

Fonte:

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

O que se sabe (e o que falta saber) sobre a relação entre o Zika vírus e a microcefalia



O Brasil enfrenta uma epidemia de Zika, uma doença "prima da dengue", desde o meio do ano. A doença, também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, provoca sintomas parecidos, porém mais brandos do que os da dengue: febre, dor de cabeça e no corpo e manchas avermelhadas.
No último final de semana, o governo brasileiro confirmou a relação entre o vírus Zika e a microcefalia, uma infecção que provoca má-formação do cérebro de bebês.
A região Nordeste é a região mais afetada pelo surto de microcefalia - no Brasil todo já são mais de 1.248 casos notificados em 311 municípios em 14 Estados. As notícias sobre o Zika e os casos de microcefalia pegaram o país de surpresa e suscitaram várias dúvidas. Veja abaixo as respostas a algumas dessas questões:

Qual a relação entre o Zika e a microcefalia?

A partir de exames realizados em uma bebê nascida no Ceará, e que acabou morrendo com microcefalia e outras más-formações congênitas, identificou-se a presença do vírus.
A confirmação foi possível a partir da confirmação do Instituto Evandro Chagas da identificação da presença do vírus em amostras de sangue e tecidos do recém-nascido que veio a óbito no Ceará.
A confirmação da relação entre o vírus e a microcefalia é inédita na pesquisa científica mundial.
A microcefalia é uma má-formação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Normalmente ela é causada por fatores como uso de drogas e radiação. Segundo o governo, na epidemia atual, os bebês nascem com perímetro cefálico menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm.

O que ainda não sabemos sobre a ligação entre o Zika e a má-formação fetal?

O Ministério da Saúde deixou claro, no entanto, que ainda há muitas questões a serem resolvidas. Uma das questões é como ocorre exatamente a atuação do zika no organismo humano e a infecção do feto.
Também não se sabe ao certo qual o período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial do governo, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.

O que é o Zika?

É um arbovírus (do gênero flavivírus), ou seja, costuma ser transmitido por um artrópode, que pode ser um carrapato, mas normalmente é um tipo de mosquito.



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No caso do Zika, ele é transmitido por um mosquito do gênero Aedes, como o Aedes aegypti, que também causa a dengue.
Além disso, ele também está relacionado com a febre amarela, febre do Nilo e a encefalite japonesa.

Qual sua origem?

O vírus foi identificado pela primeira vez em 1947 em Uganda, na floresta de Zika.
Ele foi descoberto em um macaco rhesus durante um estudo sobre a transmissão da febre amarela no local.
Exames confirmaram a infecção em seres humanos em Uganda e Tanzânia em 1952, mas somente em 1968 foi possível isolar o vírus, com amostras coletadas em nigerianos.
Diversas análises genéticas demonstraram que existem duas grandes linhagens do vírus: a africana e a asiática.

Quantas pessoas já morreram no Brasil vítimas do Zika?

Além da bebê cearense, outros dois óbitos relacionados ao vírus foram confirmados pelo governo.
O primeiro caso foi é o de um homem com histórico de lúpus e de uso crônico de medicamentos corticoides, morador de São Luís, do Maranhão. Exames específicos mostraram a presença do genoma do zika no sangue e em órgãos como o cérebro, fígado, baço, rim, pulmão e coração.
O segundo caso é o de uma menina de 16 anos, do município de Benevides, no Pará, que acabou morrendo no final de outubro. Com suspeita inicial de dengue, ela apresentou dor de cabeça, náuseas e manchas vermelhas na pele e mucosas. Testes deram positivo para o Zika.

Houve surtos anteriores de Zika?

Sim, mas não nesse grau. Em 2007, por exemplo, foram registrados casos de infecção do vírus na ilha de Yap, que integra a Micronésia, no Oceano Pacífico.
Foi a primeira vez que se detectou o vírus fora de sua área geográfica original, ou seja, África e Ásia.
No final de 2013, houve um surto do Zika na Polinésia Francesa, também no Pacífico. Mais de 10 mil casos foram diagnosticados.
Desse total, cerca de 70 evoluíram para um estado grave. Esses pacientes desenvolveram complicações neurológicas, como meningoencefalite, e doenças autoimunes, como leucopenia (redução do nível de leucócitos no sangue).
No dia 26 de novembro, um relatório divulgado por autoridades locais mostrou que pelo menos 17 casos de má-formação do sistema nervoso central foram registrados entre 2014 e este ano, de acordo com o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês).
Nas Américas, o vírus foi detectado pela primeira fez em fevereiro de 2014 por autoridades chilenas, que confirmaram o primeiro caso na Ilha de Páscoa. A transmissão se deu de maneira autóctone (ocorrida dentro do território nacional e não em pessoas que viajaram para o exterior).
Em maio de 2015, o Brasil confirmou seu primeiro caso desse tipo de transmissão, em um paciente da região nordeste.
A Colômbia também reportou seu primeiro caso de contágio do vírus, no estado de Bolívar. Até outubro, eram nove casos nessa região.
Também foram registrados casos nas Ilhas Cook e Nova Caledônia, novamente no Pacífico.

Qual o tempo de incubação do vírus?

O tempo de incubação tende a oscilar entre 3 e 12 dias. Após esse período surgem os primeiros sintomas. No entanto, a infecção também pode ocorrer sem o surgimento de sintomas (leia mais abaixo).
Segundo um estudo publicado na revista médica The New England, uma em cada quatro pessoas desenvolve os sintomas.
A maioria dos pacientes se recupera, sendo que a taxa de hospitalização costuma ser baixa.

E os sintomas?

O vírus provoca sintomas parecidos com os da dengue, contudo mais brandos: febre alta, dor de cabeça e no corpo, manchas avermelhadas, dores musculares e nas articulações. Também pode causar inflamações nos pés e nas mãos, conjuntivite e edemas nos membros inferiores. Os sintomas costumam durar entre 4 e 7 dias.
Há outros sintomas menos frequentes, como vômitos, diarreia, dor abdominal e falta de apetite.
Análises recentes no Brasil indicam que o Zika pode contribuir para agravamento de quadros clínicos e levar à morte.
O primeiro caso foi confirmado pelo instituto Evandro Chagas, de Belém (PA). Um homem com histórico de lúpus e de uso crônico de medicamentos corticoides morreu com suspeita de dengue. Exame de sangue e fragmentos de vísceras apresentou resultado negativo para dengue, mas detectou o vírus Zika.

Qual o tratamento para o Zika?

Não há uma vacina nem um tratamento específico para o Zika vírus, apenas medidas para aliviar os sintomas, como descansar e tomar remédios como paracetamol para controlar a febre. O uso de aspirina não é recomendado por causa do risco de sangramento.
Também se aconselha beber muito líquido para amenizar os sintomas.

Há prevenção?

Como a transmissão ocorre pela picada do mosquito, recomenda-se o uso de mosquiteiros com inseticidas, além da instalação de telas.
Também deve se utilizar repelentes com um composto chamado icaridina e roupas que cubram braços e pernas, para reduzir as chances de se levar uma picada.

O que o governo está fazendo para lidar com a epidemia de Zika e microcefalia?

Até o momento, o Ministério da Saúde fez um apelo para uma mobilização nacional no combate ao mosquito Aedes aegypti.O governo lançou uma campanha para alertar para o fato de que o mosquito mata.
Nessa segunda-feira, o ministério informou que está em contato com as secretarias estaduais e municipais para articular uma resposta conjunta e, em especial, mobilizar ações contra o mosquito Aedes aegypti. Comitês de especialistas apoiarão o Ministério da Saúde nas análises epidemiológicas e laboratoriais, bem como no acompanhamento dos casos.
Atualmente, o Ministério da Saúde recomenda cautela a mulheres que pretendem engravidar.
Também recomenda que grávidas usem roupas de manga comprida, calças e repelentes apropriados para gestantes.
É importante que as gestantes mantenham o acompanhamento e as consultas de pré-natal, com a realização de todos os exames recomendados pelo médico.
A Presidência também determinou a convocação do chamado Grupo Estratégico Interministerial de Emergência em saúde Pública de Importância Nacional e Internacional (GEI-ESPII), que envolve 19 órgãos e entidades, para a formulação de plano nacional do combate ao mosquito.
No momento, há 199 municípios brasileiros em situação de risco de surto de Dengue, Chikungunya e Zika.
Fontes: Organização Panamericana de Saúde, Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), Biblioteca Nacional de Medicina e Institutos de Saúde dos Estados Unidos e WebMD.
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/12/151127_zika_entenda_mdb